A crescente adoção de fontes renováveis intermitentes e a necessidade de maior flexibilidade operacional tornaram os sistemas de armazenamento de energia (SAEs) uma peça central na transição energética brasileira.
As baterias estão redefinindo as dinâmicas de consumo residencial e industrial, ao mesmo tempo em que surgem como solução estratégica para desafios estruturais do setor elétrico, como curtailment, vales de produção e atendimento à demanda na ponta.
Com o primeiro Leilão de Reserva de Capacidade (LRCAP) previsto para junho de 2025, o Brasil dá um passo importante para a integração de SAEs em larga escala na América Latina.
E deixamos aqui um spoiler: no próximo Aulão da Volt, falaremos sobre um casamento promissor: armazenamento de energia aliado à Inteligência Artificial. Fique ligado!
Aplicações para o Consumidor: Além da Redução de Custos
Os sistemas de armazenamento por baterias convertem energia elétrica em energia química durante o carregamento e revertem o processo na descarga, liberando eletricidade sob demanda.
Para consumidores cativos na modalidade tarifária horossazonal azul, os SAEs viabilizam a otimização da demanda contratada ao redistribuir o consumo ao longo do tempo.
Em grandes complexos comerciais, essa abordagem pode resultar em reduções expressivas nas demandas nos horários de ponta. O processo consiste no carregamento das baterias durante períodos de tarifa reduzida, na liberação controlada da energia nos momentos de maior custo e na automação por meio de sistemas de gestão energética integrados.
A capacidade dos SAEs em mitigar quedas de tensão e interrupções amplia sua relevância para setores críticos, onde a continuidade do fornecimento é prioritária. Estudos técnicos demonstram que a estabilização da qualidade de energia através do armazenamento pode justificar investimentos mesmo em cenários com retornos financeiros menos expressivos.
O Papel Estratégico nos Leilões de Capacidade e na Operação do SIN
O LRCAP 2025 será o primeiro leilão dedicado a SAEs no Brasil, contratando 1.000 MW de potência firme por 15 anos. A remuneração dar-se-á pela disponibilidade (R$/MW-mês), e não pela energia entregue. Projetos com pelo menos quatro horas de autonomia terão prioridade, buscando …
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